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01.08.2025 INOVAÇÃO

Hospital Criança Conceição desenvolve expografia do cuidado

Para além do visual, a ambiência hospitalar pode tornar a jornada do paciente mais leve, trazendo benefícios para usuários e trabalhadores
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A sinalização “tetris”, do caminho que leva até o ambulatório de especialidades, já faz a diversão das crianças na chegada.
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A recepção do Hospital Criança Conceição também possui uma preparação especial para os pequenos.
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O elevador-foguete possui uma adesivagem que procura estimular o imaginário infantil.
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A escultura Rack foi feita com cabos de rede.
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Com gizes de cera, os pequenos também fazem parte dessas ações e colorem o hospital.

No Hospital Criança Conceição (HCC), unidade do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), existe um trabalho intenso para amenizar os efeitos que o ambiente hospitalar pode desencadear em uma criança, nos responsáveis e familiares. O objetivo é planejar e desenvolver uma série de ações para tornar a jornada na instituição mais humanizada, com base em estudos no campo da museologia. A metodologia está sendo desenvolvida pelo gerente de Administração do hospital, Diego Kurtz, a partir de caminhadas realizadas no local, em um esforço permanente de estudo e pesquisa.

Denominada Expografia do Cuidado, a metodologia é inspirada na museologia e no teatro de animação de objetos. De acordo com seu criador, esta proposta inovadora de intervir no espaço do cuidado hospitalar prepara o “grande cubo branco”, que é um hospital, com o mesmo cuidado que se monta uma exposição de arte. “Aqui, ao invés de curadoria, temos a cuidadoria, e nossas intervenções são criadas pensando no encontro dos sujeitos que passam pelo hospital com os espaços, trajetos e objetos que compõem este território”, explica Kurtz.

O gerente reforça que a expografia do cuidado vem sendo desenvolvida e aprimorada para qualificar a humanização no atendimento, provocando uma ruptura com um modelo ultrapassado de hospital regido pela ética do procedimento para um modelo regido pela ética do encontro. Ele afirma que essa metodologia é uma forma disruptiva de fazer a gestão do espaço público. “O objetivo é ter um hospital que surpreenda, que promova felicidade e sensação de bem-estar e que responda, positivamente, às necessidades dos usuários, permitindo que crianças continuem sendo crianças e não sejam tratadas como adultos em miniatura”, destaca.

Assim, a partir da preocupação em ter um cuidado regido pela ética do encontro, surge a necessidade de adaptação do local, baseada no conceito de expografia. O gerente explica que, ao invés de identificações padronizadas, surgem ideias criativas de como caracterizar os espaços. Um exemplo disso é a identificação do caminho colorido inspirado no jogo “Tetris” para chegar até o ambulatório do HCC.

CRIATIVIDADE QUE HUMANIZA
Os cuidados com a ambiência hospitalar e com a humanização da jornada dos pacientes incluem outras ações, como o elevador-foguete, o rack com esculturas feitas de cabos de rede e luzes em formato de sol na UTI Pediátrica. Tudo isso para estimular o imaginário dos pequenos.
Diego Kurtz conta que ainda existem intervenções a serem implementadas em novos locais e objetos. Com apoio da coordenação de Comunicação do GHC, serão adesivados em forma de minivans, 11 carrinhos de transporte. “Com estas ações, promovemos a redução da ansiedade e do medo que esse ambiente pode causar, pois procuramos fazer com que os objetos, até então estranhos, possam se encontrar com as crianças de maneira a lhes convocar sensivelmente para outros lugares”, esclarece.

IMPACTO POSITIVO
Com essas intervenções na área física do Hospital Criança Conceição, já é possível perceber resultados positivos. A sinalização “tetris” do caminho que leva até o ambulatório de especialidades, além de fazer a diversão das crianças já na chegada ao hospital ao pisarem nos adesivos em formato de pedras coloridas, também tem possibilitado a redução das ouvidorias relacionadas a atrasos para consultas com especialidades por problemas relacionados a dificuldades de se localizar apenas com a sinalização com placas.

Créditos: Marianna de Azevêdo (texto) Ricardo Bolesta (fotos).