Na manhã dessa segunda-feira, 11 de novembro, foi realizado no Auditório Jahyr Boeira de Almeida, no Centro Administrativo GHC, o “4º Colóquio sobre Aborto Legal no Rio Grande do Sul - Comunicação e (In)Formação", que teve como foco discutir sobre questões relacionadas ao aborto legal.
A mesa de abertura contou com a presença do diretor técnico do GHC, Francisco Paz, da representante da Secretaria Municipal da Saúde de Porto Alegre Luciana Campos, da representante da Secretaria da Saúde do Estado do Rio Grande do Sul Gislaine Silva, da psicóloga do GHC Camila Henn e da médica de família e comunidade do Hospital de Clínicas e professora de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Camila Giugliani.
A representante da Secretaria da Saúde Municipal Luciana Campos destacou a importância de discutir sobre a saúde feminina e agradeceu às idealizadoras por insistirem nesse projeto que chegou ao seu quarto ano. A representante da Secretaria da Saúde do Estado Gislane Silva ressaltou o tema do quarto colóquio e discorreu sobre programas sociais criados pelo governo do estado, como o “Guia de Atendimento em Saúde às Pessoas em Situação de Violência Sexual”, que está em sua segunda edição. O diretor técnico do GHC, Francisco Paz, declarou que o Grupo Conceição vem qualificando suas equipes para garantir o acesso às mulheres que necessitam de atendimento do ponto de vista do aborto legal. A professora universitária Camila Giugliani enfatizou que um dos motivos da existência do colóquio é por que o aborto é uma das principais causas de mortalidade materna no Brasil e no mundo. A psicóloga Camila Henn, que fez parte da comissão organizadora, salientou que é fundamental discutir sobre o assunto, revelando que aprendeu muito ao longo dos três anos de colóquio, o que transformou muito sua forma de enxergar a temática. Camila Henn também ressaltou o conteúdo do quarto colóquio, declarando que “acesso à informação é, sem dúvida, um meio de promoção de cidadania”.
Especialistas dos sete hospitais do Rio Grande do Sul que atualmente realizam o procedimento de aborto legal formaram a mesa-redonda “Serviços de Aborto Legal no RS - Avanços e Desafios”, que respondeu questões com intenção de esclarecer o público sobre o assunto. O Hospital Nossa Senhora da Conceição foi representado pelo médico ginecologista Cláudio Campelo, o Hospital Fêmina pela psicóloga Flávia Scheffer, o Hospital Materno Infantil Presidente Vargas pela psicóloga Angela Ruschel, o Hospital Geral de Caxias do Sul pela médica ginecologista e obstetra Sonia Madi, o Hospital de Clínicas de Porto Alegre pelo médico ginecologista e obstetra Ivan Montenegro, o Hospital Ulbra de Canoas pelo médico ginecologista e obstetra Victor Volkweis e o Hospital Universitário Miguel Riet de Rio Grande pela médica ginecologista e obstetra Tânia Fonseca. Foi a primeira vez que representantes dos sete hospitais estiveram presentes no colóquio.
Ainda pela manhã, o evento seguiu com a palestra do médico ginecologista e obstetra Anibal Faúndes, da UNICAMP, que falou sobre a “Prevenção do abortamento inseguro: sensibilização dos profissionais”.
À tarde, as atividades iniciaram com uma performance artística do grupo Tulipa Coletiva de Dança. Após, uma nova mesa-redonda foi formada. Estiveram presentes, o enfermeiro do HF Gregório Patuzzi, a residente do GHC Marídia Estevam e a médica ginecologista do Hospital Materno Infantil Presidente Vargas Sandra Scalco. O tema abordado foi a "Formação de profissionais no atendimento ao aborto legal".
O encontro foi finalizado com um ciclo de palestras “Comunicação e acesso à informação como garantia de direitos”, que foi ministrado pela psicóloga Marina Lemos, do Centro de Atendimento de Semiliberdade, a jornalista Clarissa Barreto e a advogada Sandra Lia Bazzo.
Creditos: Marcus Oliveira